Foto: O ator Luiz Amorim clicado por Eliane Verbena
No drama o “Pai da Filosofia” enfrenta a morte com ironia sagaz e lógica implacável
A partir de 5 de setembro o Teatro Itália, em São Paulo, recebe o espetáculo “O Julgamento de Sócrates”, no qual somos convidados a um mergulho na essência humana e no drama do “Pai da Filosofia”.
Segunda imersão na dramaturgia do professor, juiz, filósofo e parlamentar Régis de Oliveira, a peça revive a tragédia de Sócrates (470 a.C. – 399 a.C.), condenado à morte por ingestão de cicuta após ser acusado por três cidadãos atenienses de corromper os jovens e profanar os deuses da cidade.
Em seu primeiro texto Régis de Oliveira nos levava ao século XVII a conhecer um pouco da vida atormentada de Baruch Espinosa (1632-1677), filósofo judaico/luso/holandês, excomungado, apartado, amaldiçoado e praguejado por entender Deus e a natureza como uma coisa só (Deus Sive Natura).
Em “O Julgamento de Sócrates”, apesar de serem episódios com mais de mil anos entre um e outro, percebemos similaridades gritantes: condenações arbitrárias, injustas e perseguição contra tudo que atente contra a ordem estabelecida para manutenção de uma sociedade corrupta e desigual.
No palco Luiz Amorim vive Sócrates, que em seu último dia de vida, conduz uma meditação sublime sobre a imortalidade da alma, a coragem perante o desconhecido e a beleza de uma jornada vivida sem mentiras. O filósofo condenado à morte enfrenta seu destino com ironia sagaz e lógica implacável.
“O espetáculo é muito mais que uma aula de história, é um espelho para nosso tempo: o que acontece quando o pensamento livre desafia o poder?” questiona Régis de Oliveira sobre a atualidade do tema.
Para o ator Luiz Amorim “a peça humaniza o ícone: Sócrates não é um mármore, mas um homem que ri, questiona e enfrenta a morte sem vacilar”.
A montagem traz Bruno Perillo na direção e no elenco, além de Luiz Amorim, estão Carlos De Niggro, Breno Ganz, Magnus Odilon, Marcus Veríssimo, Nalini Menezes, Priscila Camargo Priscilla Dieminger e Roberto Borenstein.
SERVIÇO
O Julgamento de Sócrates
Texto: Régis de Oliveira
Direção: Bruno Perillo
Duração: 80 minutos
Classificação: 12 anos
Gênero: Drama
Teatro Itália – 292 lugares
Av. Ipiranga, 344 – República – São Paulo
Temporada: de 5 de setembro a 16 de outubro
Sextas e Sábados às 20h – Domingos às 19h
Ingressos: R$ 100,00 e R$ 50,00 meia
Vendas pelo site: https://bileto.sympla.com.br/