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Foto: Divulgação
Montagem celebra os 100 anos de nascimento de um dos nossos maiores atores
Entre tantas efemérides que 2025 nos traz uma das mais importantes é o centenário do ator paraense Sérgio Cardoso (1925-1972). Protagonista em todas as novelas que atuou, Cardoso formou-se em Direito e sonhava seguir carreira diplomática no Itamaraty. Porém ao conhecer o Teatro do Estudante do Rio de Janeiro tudo mudou. O direito perdeu um promissor advogado e as artes cênicas ganharam um dos gigantes da dramaturgia nacional.
Seu talento foi consagrado no cinema, teatro e TV participando de produções inesquecíveis, entre elas, as peças “O mentiroso”, “Entre Quatro Paredes”, “Do Mundo Nada se Leva”, “Seis Personagens à Procura de um Autor” e “Convite ao Baile.
No cinema protagonizou “A Madona de Cedro” e “Os Herdeiros” e, entre as inúmeras novelas em que atuou estão ‘O Cara Suja”, “Antônio Maria”, “Somos Todos Irmãos” e “O Sorriso de Helena”. Ao longo da carreira fundou suas próprias companhias de teatro, uma delas com a atriz italiana Nydia Licia (1926-2015), que depois se tornaria sua esposa. A sede da companhia ficava no Teatro Bela Vista, região central de São Paulo, que foi demolido na década de 1970, sendo reerguido dez anos depois e batizado como Teatro Sérgio Cardoso.
O ator faleceu precocemente aos 47 anos e agora é reverenciado em seu próprio palco, a partir de 19 de setembro, com o espetáculo “Seis atores em busca de Sérgio Cardoso”. Criação da RIMA Coletiva a montagem traz direção e dramaturgia de Rita Batata e elenco integrado por Bárbara Arakaki, Bruno Lourenço, Felipe Ramos, Lilian Regina, Mariana Leme e Rafael Pimenta.
No palco, durante 60 minutos, os atores buscam ser Sérgio Cardoso, cujo título faz referência ao espetáculo “Seis atores à procura de um autor”, de Luigi Pirandello (1867-1936), na qual Sérgio Cardoso interpretou icônicamente o personagem PAI.Segundo Rita Batata, a concepção da peça partiu da “impossibilidade” de reproduzir fielmente a figura de Sérgio Cardoso, devido a escassez de registros audiovisuais da época áurea de sua carreira, nos anos 50.
“Se a gente não consegue porque está muito distante pra gente, talvez o caminho seja justamente se colocar por dentro disso, desses registros que a gente tem dele e rechear com a nossa experiência”, explica Rita. Essa perspectiva levou à ideia central de que “todos nós somos Sérgio Cardoso.” O nome do espetáculo surgiu rapidamente, influenciado pela obra de Pirandello e pela busca de uma linguagem que transcendesse a biografia literal. O título já diz que não vamos reproduzir uma pessoa, um mito, mas sim seis pontos de vista sobre essa pessoa, essa história que a gente está dando corpo, voz, movimento, presentificando”, reitera Batata.
Sobre os diferentes Sérgios Cardosos que estarão em cena, a diretora é categórica. “Não teremos um. Só há um Sérgio Cardoso e ele está morto.” No entanto, ela explica que “são seis Sérgios Cardosos no palco e são personagens do Sérgio.” Os atores, ao interpretarem esses “Sérgios,” também trazem sua perspectiva de artistas de 2025. A peça busca uma multiplicidade de Sérgios que evita a caricatura, a linha biográfica literal e progressiva, preferindo mais o encontro dos personagens com a vida dele”, conclui.
“Seis atores em busca de Sérgio Cardoso fica em cartaz até 20 de outubro com sessões de sexta à segunda-feira. Confira abaixo.
SERVIÇO
Seis Atores em Busca de Sérgio Cardoso
Temporada: 19 de setembro a 20 de outubro
Sextas, sábados, domingos e segundas-feiras, 19h
Ingressos pela www.sympla.com
R$40,00 (inteira) | R$20,00 (meia)
Teatro Sérgio Cardoso – Sala Paschoal Carlos Magno
Rua Rui Barbosa, 153 – Bela Vista – São Paulo/SP
Capacidade: 143 lugares + 6 espaços para cadeirantes
Duração: 60 minutos
Classificação indicativa: 12 anos



