Passagem do trem e do metrô sobe em SP

Passagem do trem e do metrô sobe em SP

Foto: Fernando Frazão/Agência Brasil

 

A partir de 1º de janeiro de 2024, a tarifa básica do metrô e dos trens em São Paulo passará de R$ 4,40 para R$ 5, o que representa um reajuste de 13,64%. O anúncio foi feito pelo governador Tarcísio de Freitas (Republicanos) na semana passada.

O reajuste não se aplica aos ônibus municipais da capital paulista, que continuarão custando R$ 4,40.

Em entrevista coletiva, Freitas afirmou que o estado não tinha mais condições de subsidiar o valor atual das passagens, que não haviam sido reajustadas desde o início da pandemia da Covid-19.

O último aumento dos tíquetes ocorreu em 1º de janeiro de 2020, quando o preço passou de R$ 4,30 para R$ 4,40.

Contudo, foi anunciada a tarifa zero para os ônibus na cidade aos domingos.

O metrô atende essencialmente a capital paulista, enquanto os vagões da Companhia Paulista de Trens Metropolitanos chegam a diversas cidades que compõem a Grande São Paulo.

 

Redução em 2013

Desde 2006, houve apenas uma redução no preço das passagens. A queda ocorreu em junho de 2013, depois dos intensos protestos contra o aumento das tarifas –movimento que se espalhou para todo o país e que ficou conhecido como Jornadas de Junho.

No dia 2 de junho daquele ano, o então governador de São Paulo, Geraldo Alckmin (à época no PSDB), elevou as tarifas de R$ 3 para R$ 3,20.

Entretanto, após semanas de manifestações, Alckmin recuou e anunciou que, a partir de 24 de junho de 2013, as passagens voltariam a custar R$ 3.

O aumento seguinte ocorreu em janeiro de 2015. Os bilhetes passaram a custar R$ 3,50. O reajuste, de 16,67%, foi, em termos percentuais, o mais alto observado no período entre 2006 e 2024.

Na capital paulista foi rompido um ciclo de reajustes acima da inflação. Entre 1994 e 2013, a tarifa do transporte coletivo na cidade passou de R$ 0,50 para R$ 3. Se tivesse simplesmente acompanhado o ritmo da inflação – medida pelo Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) – a tarifa teria chegado a 2013 custando R$ 2,17.

No entanto, as passagens de ônibus, metrô e trem, que atualmente custam R$ 4,40, valeriam R$ 5,31 se os reajustes tivessem acompanhado o índice ao longo da última década.

 

Passe livre

A tarifa zero ou passe livre, que era, inclusive, o nome do movimento social que puxou os protestos de 2013, também ganhou força ao longo da última década. Além da iniciativa da própria capital paulista de adotar a medida aos domingos, municípios cada vez maiores têm eliminado as tarifas do transporte público.

Com 165 mil habitantes, São Caetano do Sul, na Região Metropolitana de São Paulo, adotou há um mês as catracas livres. O número de diário de passageiros passou de 25 mil para 52 mil.

Na cidade de São Paulo, a gratuidade aos domingos não trará aumento de custos, mas será, segundo a prefeitura, uma compensação pela ociosidade do sistema, que chega a 60% do contratado. Nesse dia da semana, aproximadamente 2,2 milhões de pessoas usam os ônibus municipais.

 

Fonte: CNN e EBC/Agência Brasil
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