Todas as regiões entram em alerta por chuvas, ventos e paralisações
A capital paulista acordou na quarta-feira (29 de outubro de 2025) em estado de atenção para alagamentos São Paulo.
O Centro de Gerenciamento de Emergências Climáticas (CGE) da Prefeitura informou que às 05h28 foi acionado alerta para toda a cidade Zona Norte, Sul, Leste, Oeste, Sudeste, Centro e marginais Tietê e Pinheiros.
Segundo o órgão, a instabilidade vem do interior do estado e provoca “chuva de moderada intensidade desde o final da madrugada”, com potencial para rajadas de vento, extravasamento de córregos e vias parcialmente intransitáveis.
Impactos imediatos na cidade
- Mais de 60 mil imóveis na capital estavam sem energia elétrica por volta das 9h desta quarta na Grande São Paulo o número ultrapassava 50 mil.
- Na região do Butantã, a queda de uma árvore bloqueou a Rua Domingos Nogueira, altura do número 53, interrompendo os dois sentidos da via.
A Companhia de Engenharia de Tráfego (CET) registrou congestionamento recorde: mais de 80 km de lentidão na manhã. - Vias como a Marginal Pinheiros operavam em velocidade média de cerca de 40 km/h nos dois sentidos.
Três linhas de ônibus tiveram desvios desde 03h40.
De acordo com a Secretaria Municipal de Mobilidade Urbana e Transporte (SMT) e a SPTrans, três linhas de ônibus tiveram que ser desviada desde as 3h40 desta quarta:
Linhas desviadas:
6250/10 Jd. Jaqueline – Term. Bandeira
8024/10 Jd. Jaqueline – Butantã
8073/10 Jd. Guaraú – Term. Vl. Sônia
Por que o alerta de alagamentos São Paulo foi acionado?

Origens da instabilidade e volume de chuva
- O CGE informa que uma frente fria posicionada no litoral paulista está alimentando áreas de instabilidade e provocando a chuva que atinge a capital desde a madrugada.
- Em outubro de 2025, o total acumulado de chuva era de 71,3 mm, ou seja, aproximadamente 63,5% da média esperada em 112,2 mm para o mês.
- A previsão indica risco de rajadas de até 60 km/h, umidade entre 70% e 95%, e máximas de temperatura em torno de 22 °C.
Regiões mais vulneráveis
- A Zona Sul tem “potencial moderado para alagamentos em vias baixas”.
- A Zona Norte e Leste também estão sob atenção para chuvas isoladas e acúmulo rápido de água.
- As marginais Tietê e Pinheiros concentram tráfego intenso e são monitoradas por risco de alagamento e impacto no trânsito.
O que os paulistanos devem fazer agora
Recomendações imediatas
- Evite transitar em ruas com histórico de alagamento ou forte acúmulo de água.
- Se perceber correnteza ou plano inclinado com água, busque abrigo e não force passagem de veículos ou pedestres.
- Mantenha-se longe da rede elétrica e não permaneça debaixo de árvores durante ventos fortes.
- Consulte o site da CET ou disque 156 para verificar tráfego e desvios, especialmente nas marginais.
- Se houver inundação em ambiente fechado, utilize os números 199 (Defesa Civil) e 192 (SAMU) em emergências.
Como se preparar para o restante do dia
- A previsão indica continuidade da instabilidade até quinta-feira (30 de outubro), com possibilidade de chuva fraca e máxima de 18 °C no dia seguinte.
- Recomenda-se manter objetos de valor acima do nível do chão, revisar vasos de plantas perto de janelas e atentar-se a informações em tempo real via apps de trânsito.
Porque você deve estar atento para os alagamentos em São Paulo?
Impacto urbano e sobrecarga da infraestrutura
A cidade de São Paulo possui uma malha viária extensa, vulnerável em áreas de baixa altitude e com histórico de enchentes.
Em dias de chuva persistente ou intensa, a drenagem acaba sobrecarregada, os rios e córregos extravasam e vias se transformam em pistas de risco.
O recente registro de 71,3 mm de chuva já representa mais de meio metro cúbico de água por metro quadrado acumulada no mês.
Esses eventos também afetam o transporte público, com linhas de ônibus sendo desviadas e os trens muitas vezes sofrendo locais de alagamento, gerando atrasos e prejuízo para milhares de usuários.
Segurança, pessoas e economia
Quando ocorrem alagamentos, a energia elétrica é desligada ou torna-se instável, como já aconteceu em mais de 50 mil domicílios nesta manhã aumentando risco de acidentes e gerando prejuízo para famílias e comércio.
Para além da infraestrutura, há danos reais à rotina das pessoas: engarrafamentos gigantes, perda de horas trabalhadas, suspensão de entregas, aumento de gastos com transporte alternativo.
Próximos passos para moradores e visitantes
- Acompanhe os alertas oficiais via CGE e Defesa Civil, eles atualizam volumes, estado de atenção e indicações de riscos.
- Evite deslocamentos desnecessários nas próximas 24-48 horas, em especial nas áreas próximas a rios, marginais ou regiões de baixa altimetria.
- Tenha um plano de emergência familiar: identifique rotas de fuga, local seguro na residência, leve documentos essenciais e mantenha lanternas ou luz de emergência.
- Caso encontre alagamento, não tente atravessar com o veículo: apenas 30 cm de água já podem deslocar um automóvel leve.
- Registre danos, caso ocorram, para acionar seguro ou assistência da Prefeitura, se aplicável.



