Pantanal: condição climática dificulta o combate ao fogo

Pantanal: condição climática dificulta o combate ao fogo

Destruição

Incêndios florestais no Pantanal e região  completam 95 dias e podem ter degradado cerca de 9% da vegetação

O Pantanal enfrenta uma situação crítica devido aos incêndios que vêm devastando a região. Em 2024, o bioma já registra um dos maiores índices de incêndios desde 2010, com mais de 1.000 focos de calor identificados. A seca extrema, resultante das mudanças climáticas e da degradação ambiental, tem intensificado a frequência e a severidade dos incêndios. As chuvas estão abaixo da média histórica, agravando a situação.

As comunidades locais sofrem com a perda de plantações e enfrentam temperaturas extremas. Brigadistas e líderes comunitários têm trabalhado para orientar a população e controlar queimadas.

Os incêndios podem ter degradado cerca de 9% da vegetação nos últimos cinco anos, segundo estimativa da rede Mapbiomas. De acordo com o levantamento, a área degradada no bioma entre 1986 e 2021 pode variar entre 800 mil e 2,1 milhões de hectares.

Incêndios

O mês de junho teve este ano a maior média de área queimada no Pantanal de Mato Grosso e Mato Grosso do Sul registrada desde 2012 pela série histórica do Laboratório de Aplicações de Satélites Ambientais, do Departamento de Meteorologia da Universidade Federal do Rio de Janeiro. Em apenas 30 dias, o fogo consumiu mais de 411 mil hectares do bioma, quando, na média histórica, o Pantanal costuma queimar pouco mais de 8 mil hectares.

A área atingida ficou acima da média histórica de setembro, quando o bioma queima, em média, 406 mil hectares. No acumulado de 2024, a área atingida chegou a 712 mil hectares na terça-feira, 2, o que corresponde a 4,72% do bioma.

 O trabalho em conjunto para extinção dos focos continua

A missão é feita pelo Corpo de Bombeiros do Mato Grosso do Sul em parceria com as forças federais. Segundo o governo do estado, a condição climática adversa tem dificultado as operações. Os fortes ventos mudam de direção rapidamente e rajadas superiores a 30 km/h contribuem para a reativação de chamas extintas em áreas já afetadas. A previsão indica que não há perspectiva de melhora meteorológica nos próximos dias.

Aeronaves do Corpo de Bombeiros e da Força Aérea Brasileira auxiliam no reconhecimento, monitoramento e resfriamento dos pontos. O trabalho tenta evitar que as chamas se aproximem da área do Parque Estadual do Pantanal do Rio Negro.

No norte e a sudeste de Corumbá a Força Aérea Brasileira (FAB) lançou mais de 200 mil litros de água na região.

Foto: Marcelo Camargo/Agência Brasil

Brasil

25%da vegetação nativa do Brasil pode estar sujeita à degradação. O levantamento da rede Mapbiomas revelou que entre 11% e 25% das matas do país ficaram expostas a processos destrutivos entre 2021 e 1986.

A Mata Atlântica é o bioma mais degradado proporcionalmente, com área entre 36% e 73% dos remanescentes de vegetação exposta aos processos de destruição. A segunda maior área degradada está na Amazônia, com um total que pode variar entre 19 milhões e 34 milhões de hectares, correspondendo a algo entre 5,4% e 9,8% do bioma.

 

*Com informações da Agência Brasil

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