Amarelo, verde e vermelho são as cores que estampam prédios, iluminações públicas e materiais de divulgação em todo o país, cada uma com um significado profundo. Elas representam a prevenção do suicídio, a doação de órgãos e a prevenção de doenças cardiovasculares. Essas três frentes juntas dão vida às chamadas campanhas de setembro, que tocam diretamente em temas vitais de saúde física e mental.
Campanha de setembro na cor amarela: prevenção do suicídio
Origem e importância
A cor amarela, em setembro, simboliza a luta pela prevenção do suicídio. Essa iniciativa começou oficialmente em 2015 no Brasil, com o apoio de entidades como o Centro de Valorização da Vida, o Conselho Federal de Medicina e a Associação Brasileira de Psiquiatria. O dia 10 de setembro é lembrado como Dia Mundial de Prevenção ao Suicídio, criado pela Organização Mundial da Saúde em 2003.
O símbolo da fita amarela surgiu de uma história marcante: a de um jovem norte-americano que, ao tirar a própria vida, deixou para trás um carro pintado de amarelo. Amigos e familiares adotaram a cor como forma de alertar sobre a importância de dar atenção à saúde mental. Desde então, o amarelo se tornou universalmente reconhecido como cor de acolhimento, esperança e luz.
Dados e realidade
Infelizmente, o suicídio ainda é uma das principais causas de morte no mundo, especialmente entre jovens de 15 a 29 anos. No Brasil, mais de 30 pessoas morrem dessa forma todos os dias. O mais alarmante: segundo a Organização Mundial da Saúde, até 90% dos casos poderiam ser evitados se houvesse diagnóstico precoce e tratamento adequado. Esses números evidenciam a urgência da mobilização.
Ações práticas da campanha
Durante setembro, prédios públicos, monumentos e pontos turísticos são iluminados de amarelo. Além da simbologia, há palestras, rodas de conversa, programas em escolas e campanhas nas redes sociais. O objetivo é quebrar o tabu que ainda existe em torno da saúde mental, abrir espaço para o diálogo e oferecer suporte a quem sofre em silêncio. A mensagem central é simples, mas poderosa: falar pode salvar vidas.
Campanha de setembro na cor verde: doação de órgãos
O que representa
A cor verde em setembro chama a atenção para a doação de órgãos. Trata-se de um gesto de generosidade que pode devolver a vida ou restaurar a qualidade de vida de inúmeras pessoas. O verde é símbolo de esperança, renovação e continuidade, exatamente o que um transplante significa para quem aguarda na fila.
Desafios e estatísticas
No Brasil, dezenas de milhares de pessoas esperam por um transplante. Só no Distrito Federal, centenas aguardam por órgãos vitais como rim, coração e fígado. Apesar dos avanços tecnológicos e da competência das equipes médicas, ainda há um déficit grave de doadores. Muitas vezes, isso ocorre porque famílias desconhecem o desejo da pessoa falecida, e acabam não autorizando a doação.
Esse ponto é crucial: a legislação brasileira exige que a família autorize o procedimento. Por isso, uma das principais mensagens da campanha verde é que cada pessoa declare claramente aos familiares a sua vontade de ser doador.
Mobilização social
Setembro Verde utiliza iluminação de prédios, caminhadas de conscientização, campanhas em hospitais e ações educativas em escolas para desmistificar o processo. Fala-se não apenas da importância do gesto, mas também da seriedade do sistema nacional de transplantes, que segue critérios técnicos e éticos rigorosos. A campanha mostra que a doação de órgãos é um ato de amor que multiplica vidas.
Campanha de setembro na cor vermelha: prevenção de doenças cardiovasculares
O coração em foco
A cor vermelha, intensa e vibrante, foi escolhida para simbolizar o Setembro Vermelho, dedicado à prevenção de doenças cardiovasculares. Essas doenças são as que mais matam no mundo, incluindo infartos e acidentes vasculares cerebrais. Em muitos casos, poderiam ser evitadas com hábitos simples de cuidado diário.
O dia 29 de setembro é reconhecido internacionalmente como o Dia Mundial do Coração. Desde 2000, a data mobiliza governos e entidades médicas a promoverem ações preventivas, lembrando a população de que cuidar do coração é cuidar da vida.
Impacto no Brasil
A cada 90 segundos, uma pessoa morre no Brasil vítima de doenças do coração. Esses números assustadores se devem a fatores como alimentação inadequada, sedentarismo, tabagismo, consumo excessivo de álcool e estresse crônico. O envelhecimento populacional e o aumento da obesidade também são fatores de risco importantes. Nesse sentido, a campanha de setembro ajuda na conscientização.
Prevenção como palavra de ordem
A campanha de setembro reforça que a prevenção de doenças cardiovasculares começa com pequenas mudanças. Atividade física regular, alimentação equilibrada, controle da pressão arterial e exames periódicos podem reduzir drasticamente o risco de complicações. O vermelho não é apenas um alerta, mas também um convite à ação para mudar estilos de vida.
A força da campanha de setembro

As três campanhas — amarela, verde e vermelha — não atuam isoladamente. Elas se complementam, formando um verdadeiro tricolor da saúde. Juntas, abordam dimensões físicas e emocionais da vida humana: mente, corpo e coração. Todas dependem de diálogo, conscientização e solidariedade.
- O amarelo traz luz ao sofrimento emocional e reforça a necessidade de acolhimento.
- O verde simboliza a esperança de renascer através da doação de órgãos.
- O vermelho alerta para o perigo silencioso das doenças do coração e inspira a adotar a prevenção de doenças cardiovasculares.
Ao mesmo tempo, o conjunto dessas cores mobiliza a sociedade e demonstra que saúde não é apenas ausência de doença, mas um estado integral de bem-estar.
Para finalizar, setembro não é apenas um mês de datas, mas de oportunidades. A campanha de setembro revela a força de símbolos simples que podem transformar vidas: um laço amarelo que acolhe, um laço verde que renova e um laço vermelho que protege. Essas cores nos lembram que saúde é um direito coletivo, e que a mudança depende de todos.
Quando falamos de prevenção do suicídio, doação de órgãos e prevenção de doenças cardiovasculares, falamos de vidas que podem ser salvas hoje. O primeiro passo é se informar, o segundo é agir — seja buscando ajuda, conversando com a família sobre a doação ou adotando hábitos mais saudáveis. Setembro nos convida a cuidar de nós mesmos e dos outros, iluminando o caminho para um futuro mais humano, solidário e saudável.
Com informações de setembro amarelo
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