Na segunda-feira, 4, o prefeito de Caieiras, Gilmar Lagoinha, que adora aparecer nas redes sociais publicou, em sua página pessoal, a entrega da nova sede do Fundo Social com a frase: “De obra em obra, vamos transformando a vida daqueles que mais precisam”.
Seria lindo e admirável se as ações feitas pela prefeitura realmente estivessem indo bem. Mas a realidade é outra e, semanalmente, o jornal Regional News recebe fotos, vídeos e reclamações de problemas que atingem o município e os próprios municipais como escolas, unidades de saúde, áreas de lazer, praças e ginásios.
Ainda em março deste ano, fotos encaminhadas via WhatsApp por cidadãos, mostram a situação precária que está a Ememi Vovó Luzia Rizzo Pesenti, na Vila Rosina. Em dia de chuva, a escola que foi reformada há pouco tempo, fica alagada e já é possível ver várias rachaduras nas paredes. “A informação é de que a obra foi feita recentemente, mas hoje temos uma escola que está sofrendo com alagamentos, várias goteiras e rachaduras”, declarou a pessoa que denunciou o problema e não será identificada, para evitar represálias.
Na terça-feira, 5, a reportagem voltou a falar com a denunciante e ela confirmou que nada foi feito ainda e a situação só piorou. “Engenheiros vão à escola, mas nada fazem. Uma sala foi interditada por rachaduras no teto. Alguma coisa precisa ser feita, pois não há mais estrutura para a demanda, já que agora as crianças ficam mais tempo na escola”, falou.
Outra situação semelhante alcança a Nova Caieiras. Uma praça que está sendo construída por quase R$ 350 mil desde outubro de 2021 e deveria ser entregue em até quatro meses, não foi inaugurada e já apresenta problemas estruturais. “Essa é a realidade de como a prefeitura trata nosso dinheiro e dos vereadores que não cumprem o papel de fiscalizar”, disse um morador. Segundo ele, retomaram os serviços essa semana, mas sem sinal de que irão reparar o que apresentou problemas. “A parte de calçada está afundando, não foi colocado um banco sequer e a rampa de acessibilidade está toda destruída. Um absurdo. Quem gasta o dinheiro parece não se importar e, quem fiscaliza, muito menos”, falou.
A prefeitura e a secretaria de Obras foram procuradas para se manifestar, mas não encaminharam respostas até o fechamento da edição.