Carla Zambelli (PL-SP), figura de destaque entre os aliados do ex-presidente Jair Bolsonaro, usou suas redes sociais logo após o primeiro turno das eleições de 2022 para questionar a segurança das urnas eletrônicas. Em uma publicação no Twitter, defendeu a ideia de que o sistema de votação era frágil – embora suas declarações tenham sido amplamente classificadas como infundadas. Em meio ao discurso, incluiu a hashtag favorável ao retorno do voto impresso, mencionando também um apelo por “justiça divina”.
Legado na política de Carla Zambelli condenada
Durante aquele mesmo período eleitoral, membros da família de Carla Zambelli condenada também tentaram ingressar na política. Em São Paulo, seu irmão, Bruno Zambelli, concorreu ao cargo de vereador pelo PRTB e obteve 12.302 votos – cerca de 0,24% do total – ficando muito próximo de se eleger, já que o último vereador eleito, Rinaldi Digilio (PSL), teve 13.673 votos (0,27%).
Já seu pai, João Hélio Salgado, foi candidato a vice-prefeito de Mairiporã, na Região Metropolitana de São Paulo, compondo chapa com Major Paulo (ambos do Patriota), mas a dupla ficou em terceiro lugar com 9,83% dos votos, perdendo para o então eleito Aladim (PSDB).
Em entrevista, Carla Zambelli comentou com orgulho o desempenho da família: “Nossa chapa em Mairiporã ficou em terceiro lugar, e o prefeito eleito gastou milhões do fundo eleitoral, do seu dinheiro público. Nós gastamos menos de R$ 100 mil reais.”
O tratamento de saúde da deputada Carla Zambelli condenada
A deputada federal Carla Zambelli (PL-SP) foi internada na última quarta-feira (25) no hospital Vila Nova Star, em São Paulo, para se submeter a um procedimento laparoscópico destinado ao tratamento de endometriose profunda e adenomiose uterina, ambas diagnosticadas em agosto deste ano. De acordo com informações divulgadas por sua assessoria, a parlamentar deverá permanecer afastada de suas funções legislativas por um período estimado de 15 dias, dedicado à recuperação pós-operatória. A cirurgia foi conduzida pelo médico Dr. Maurício Abrão, enquanto o acompanhamento clínico está sob os cuidados da Dra. Ludhmila Hajjar, referência na área. Carla Zambelli condenada afirmou que sua saída do país está relacionada exclusivamente ao tratamento.
O advogado de defesa da deputada Carla Zambelli condenada renuncia ao mandato

Na última terça-feira, o advogado Daniel Bialski anunciou que estava deixando a defesa da deputada federal Carla Zambelli (PL-SP), após ser informado por ela de sua saída do Brasil. Segundo declarou, a decisão de renunciar à causa ocorreu por motivo de “foro íntimo” e destacou que foi “apenas comunicado” da viagem da parlamentar à Europa, supostamente para dar continuidade a um tratamento de saúde.
“Fui apenas informado pela deputada de que estaria deixando o país para seguir com o tratamento médico. No entanto, por razões de foro íntimo, optei por encerrar minha atuação na defesa”, afirmou por meio de nota oficial. Ele acrescentou que, “a partir de agora, quaisquer esclarecimentos sobre o caso deverão ser solicitados diretamente à assessoria de imprensa da deputada”.

Interpol pode prender Carla Zambelli condenada
A Interpol recebeu ofício da Polícia Federal contendo o pedido para inclusão do nome da deputada federal Carla Zambelli (PL-SP) na lista vermelha. Isso significa dizer que a partir de agora, Zambelli é considerada foragida da justiça brasileira e poderá ser localizada e presa a qualquer momento.
O que aconteceu com Carla Zambelli condenada
A Polícia Federal enviou o pedido de inclusão de Carla Zambelli na lista vermelha da Interpol após determinação do ministro Alexandre de Moraes. A partir de agora, caberá à própria Interpol decidir se o nome da deputada será inserido nesse alerta internacional de busca e captura. Atualmente, a organização é comandada pelo brasileiro Valdecy Urquiza, delegado de carreira da própria PF e com atuação destacada no exterior.
Zambelli afirmou estar nos Estados Unidos, embora apurações da imprensa indiquem que ela teria deixado o Brasil no fim de maio, cruzando a fronteira com a Argentina. A parlamentar declarou, ainda, que pretende seguir viagem para a Itália, país onde possui cidadania reconhecida.

Moraes decretou sua prisão preventiva após pedido da Procuradoria-Geral da República (PGR), entendendo que a saída do território nacional teve como objetivo evidente escapar da execução da pena. A deputada foi condenada pelo Supremo Tribunal Federal (STF) a dez anos de prisão, além da perda do mandato, em razão de sua participação em uma invasão hacker aos sistemas do Conselho Nacional de Justiça (CNJ), considerada gravíssima pelas autoridades.
O Ministro Alexandre de Moraes também determinou o bloqueio dos passaportes e o bloqueio das contas bancárias, inclusive do salário. Com poder para isso, ainda mandou que os perfis dela nas redes sociais fossem bloqueados dentro de duas horas. A falta de atendimento acarreta à plataforma uma pesada multa diária de RS 100 mil.
A deputada chamou de “ilegal” e “autoritária”, em nota à imprensa, a ordem de Moraes para prendê-la. Disse: “Nossa Constituição é clara: um deputado federal só pode ser preso em flagrante e por crime inafiançável. Nada disso ocorreu”, disse.
Ao final, Zambelli destacou que: “Pode colocar Interpol atrás de mim, eles não me tiram da Itália”, disse Zambelli ontem, em entrevista à CNN. “Como cidadã italiana, eu sou intocável na Itália. Não há o que ele possa fazer para me extraditar de um país onde eu sou cidadã, então eu estou muito tranquila quanto a isso”, completou, em recente entrevista à CNN.
Controvérsia sobre a extradição de Carla Zambelli condenada
Um site de grande importância afirmou que a Constituição da Itália, ao contrário da brasileira, não impede a extradição de nacionais. A extradição de cidadãos italianos é permitida quando prevista em convenções internacionais, exceto em casos de crimes políticos, conforme o artigo 26. Isso é meia verdade, pois a Constituição Italiana, por sua vez, permite a extradição de seus cidadãos quando prevista em tratados internacionais.
O artigo 26 dispõe: “A extradição do cidadão pode ser permitida somente nos casos previstos expressamente por convenções internacionais.”
O tratado de extradição entre Brasil e Itália, assinado em 1989, prevê que a extradição de nacionais é facultativa, ou seja, a Itália não é obrigada a extraditar seus cidadãos, mas pode fazê-lo se assim decidir.
Na prática, a Itália tende a proteger seus nacionais e, por reciprocidade, pode recusar pedidos de extradição de brasileiros natos, já que o Brasil também não extradita seus cidadãos natos. No entanto, há precedentes de extradição de cidadãos com dupla nacionalidade.

Por exemplo, Henrique Pizzolato, brasileiro com cidadania italiana, foi extraditado da Itália para o Brasil em 2015 após decisão da Corte de Cassação de Roma. Porém, o crime de Pizzolato, ex-diretor de marketing do Banco do Brasil, foi de envolvimento no Mensalão por corrupção passiva, peculato e lavagem de dinheiro. Ele autorizou repasses de R$ 73 milhões do Fundo Visanet para a agência DNA, de Marcos Valério, e recebeu R$ 336 mil em propina.
Condenado a 12 anos e 7 meses de prisão, Pizzolato fugiu para a Itália em 2013 usando documentos falsos. Preso em 2014, foi extraditado ao Brasil em 2015. Em 2020, teve a pena extinta com base em indulto presidencial, mas a multa de R$ 2 milhões permaneceu.
Assim, há de se supor uma grande diferença dos casos que culminaram em extradição envolvendo os nomes de Henrique Pizzolato e a condenação de Carla Zambelli condenada. Esse detalhe pode significar a frustração para a esquerda em ver extraditada a corajosa Deputada Brasileira.