Vacina, palanque da vaidade!
Por favor, alguém pode me explicar porque tenho a impressão de estar abrindo livros de história brasileira, durante o episódio da “ Revolta da Vacina”, no início do século XX, no Rio de Janeiro, quando na verdade abro uma folha de jornal do dia, ou ouço o noticiário da manhã no rádio à caminho do trabalho?

Assombroso e lastimável perceber um assunto que já fez derramar lágrimas, em nosso país, de mais de duzentas mil famílias assumir condão ideológico, polarizado e extremista, e como sempre afrontando a razão humana. Pior ainda quando percebemos que a questão constitui palanque da vaidade alheia, ávida de reconhecimento eleitoral, esquecendo talvez o custo da vida humana.
Decisões extremadas não conduzem a lugar algum senão à vala comum da mesmice vulgar e orgulhosa do nada absoluto. Cautela e razoabilidade, empatia, e até mesmo a puída caridade são os últimos paramentos com o homem público se reveste para as decisões de tal quilate. Deveriam, antes, ser seus únicos móveis. Patético. Trágico. Fatal. Extenuante.