Thrash Metal com jeitinho brasileiro
O título sintetiza o que é a banda paulistana Venomous. Incorporando elementos brasileiros ao seu melodic/death/thrash metal é uma das grandes novidades surgidas na cena rock nos últimos anos.

O grupo formado por Tigas Pereira (vocal), Gui Calegari e Ivan Landgraf (guitarras), Renato Castro (baixo) e Lucas Prado (bateria) lançou dois discos: “Defiant”, de 2018 e “The Black Embrance”, de 2019, muito bem recebidos pela crítica e público. É clichê, mas apropriado.
Apesar de apenas três anos de estrada os caras já conseguiram ótimos feitos, entre eles, abrir o show de Tim “Ripper” Owens, no Manifesto Bar, de São Paulo, em outubro passado. Na ocasião conversei com Tigas Pereira sobre o amálgama sonoro da Venomous. Segundo o vocalista, a influência de ritmos brasucas rola desde o início do quinteto.
“Fizemos no primeiro CD e no ‘The Black Embrance’ também há influências brasileiras, como Chorinho. Muita coisa legal. Nós miramos o mercado internacional, contudo não esquecemos nossas raízes. Angra e Sepultura, as duas bandas brasileiras que mais se destacaram lá fora, usaram ritmos brasileiros também. Sabemos que não tem como agradar todo mundo. Fazemos música de coração. Tem peso e tudo o mais que o headbanguer tradicional gosta”, atesta Tigas Pereira. “The Black Embrance” traz ótimas faixas, entre elas, “Penitence”, “Redemption”, “Zumbi”, “Heirs Of A Dream”, “Rise” e “Event Horizon”.