O Brasil é cheio de belos exemplos, mas muitos deles acabam por ficar no anonimato. Mas imprensa que tem papel fundamental nesse País, não deixa passar quando a iniciativa é digna de aplausos, como a feita pelo administrador de empresas Hélio da Silva.

Conhecido na sua região como o “plantador de árvores”, ele é responsável por transformar um grande descampado às margens do córrego Tiquatira, na zona Leste de São Paulo, em um dos maiores parques lineares do mundo.

Em entrevista ao Portal G1, ele falou sobre esse trabalho. “Primeiro foram 200 árvores, mas que em três meses foram alvo de vandalismo e destruição. Então, foram 500, mas o número ainda foi insuficiente para enfrentar a fúria da ignorância humana. A solução foi partir para cinco mil mudas distribuídas”

“Quando você planta cinco mil mudas já não é mais hobby, não é mais passatempo, é missão. Daí em diante, eu continuei plantando, não parei nunca mais. Inclusive ontem plantei umas 70, sábado agora planto mais 80 e vou continuar plantando”, garante Hélio, hoje com 71 anos e um saldo de 37 mil arvores nativas plantadas desde 2003, disse ao Portal G1.

Hoje considerado o quarto maior parque linear do mundo, o parque do Tiquatira tem um valor especial para os moradores da região, considerada a segunda menos arborizada da capital paulista, perdendo apenas para a zona central da metrópole.

As primeiras espécies foram pés de Jacarandás e Jequitibás – sempre com o cuidado de selecionar árvores nativas da Mata Atlântica.

Para cumprir a sua missão, Hélio diz que não conta com a ajuda de nenhum vizinho ou instituição. Nem mesmo da Prefeitura ele aceitou as mudas, que por ano chegam a lhe custar mais de R$ 30 mil.

Com liberdade para plantar, o empresário já arborizou ruas e o piscinão que atende o bairro da Penha. Ele tem no reconhecimento de seus vizinhos de mais de seis décadas a sua principal recompensa.