Diferenças indiferentes
Há alguns assuntos da atualidade que entristecem a cada momento, a cada acometimento, a cada lágrima no rosto de uma mãe. Há pessoas que fazem questão de pintar tais fatos com cores de ódio, agravando ainda mais a pequenez humana. O racismo é um desses matizes que ainda acometem a raça humana. Notem, o sentimento de ódio não é um sentimento exclusivo dê-se ou daquele povo, deste ou daquele lado da fronteira. É ínsito, é atávico, remanescente de um passado obscuro e se manifesta de formas diferentes.

Imaginemos uma parede branca, com um faixa de tinta azul em sua extensão. Há uma quantidade de tinta branca e uma quantidade de tinta azul. Agora, com as mesmas quantidades, vamos misturar os dois pigmentos. Obteremos uma parede pintada com um tom quase branco. Racismo incidente e racismo estrutural. É exatamente a questão. É necessário tratar o assunto com a seriedade que ele merece, sem acentuarmos as diferenças, sem pronunciarmos dores que por si são suficientemente lancinantes.
Aqueles que tem o dever de informar, tem o direito de se posicionarem frente uma questão evidente, mas antes têm a obrigação de uma apresentação isenta e fomentar a consciência social sem exaltar ainda mais os já acirrados ânimos.
A essência humana não tem cor, sexo, opção sexual, nacionalidade ou etnia. A ignorância também não.