Com sede, São Paulo pede água
Enquanto o segundo turno do período eleitoral toma conta dos brasileiros, as chuvas que não caem principalmente no sudeste onde as represas paulistas secam a olhos vistos, representam um grande pesadelo que assombra o Estado de São Paulo. Com uma situação crítica e jamais vista, o sistema Cantareira que abastece quase dez milhões de pessoas está à míngua e corre o sério risco de não suportar o consumo por mais 30 dias.
Dentre as causas para o esvaziamento do reservatório, estão a falta de investimentos do governo do Estado na ampliação dos mananciais, há trinta anos operando exatamente da mesma maneira, enquanto a população cresceu sem pedir licença.
Com certeza, a falta de chuvas colaborou para o agravamento do problema, o que não justifica a negligência da administração pública em não acompanhar o desenvolvimento, aumento populacional e urbanização que exigiriam um planejamento de adequação para atender a demanda.
Mesmo assim, com oportunidade única de protestar contra essa bandalheira instalada nos poderes executivo e legislativo, a população foi às urnas e, esqueceu de tudo o que viu nesses últimos anos.
Na verdade, os votos que encheram de esperança o atual governo petista, o mesmo que financiou o porto de Cuba e que perdoou a dívida bilionária dos países africanos, estão concentrados nas regiões norte e nordeste, reduto do bolsa família, bolsa emprego, vale gás, e todos os demais programas sociais ofertados pelo governo, benefícios que deveriam servir como alavanca para muitos melhorarem de vida e não como plano de sustentação de muitos vagabundos que não os necessitam, mas que adoram garantir vantagens em benefício próprio, às custas dos que trabalham.
O Brasil começa a morrer de sede e não se vê políticas públicas direcionadas no sentido de corrigir mais uma situação que perdeu o controle.
É verdade que a população precisa colaborar e economizar. Porém não pode ser punida outra vez por um erro de quem deveria ter se preocupado no passado e de quem tem de se preocupar já com a questão do abastecimento e está dando de ombros para um assunto tão sério que merece toda atenção.
Ainda assim, a culpa também não pode ser lançada a esses que têm a responsabilidade de resolver se o próprio povo dá uma resposta favorável à corrupção, aos desvios de verbas públicas e às tantas atrocidades cometidas pela nata da política que envergonha a Nação aqui e lá fora ao votar neles outra vez.
O fato é que a água é vital para a sobrevivência e sejam quem forem os próximos governantes, é preciso lembrar que independentemente de cor, raça, credo, idade ou posição social, todos precisam beber água.