Colcha de retalhos
Quando escrevemos a alguns dias do fechamento de uma edição de uma publicação estamos sujeitos a duas circunstâncias difíceis de se afastar. Ou escrevemos sobre o mais do mesmo e toda mídia continua massacrando a população com o mesmo conteúdo informativo, ou buscamos assuntos brandos, que caibam em qualquer momento.
A minha proposta é buscar reflexões que sejam atemporais, mas nem por isso deixem ser atualizadas, sem correr o risco de cair no tecnicismo estéril, dirigindo a ponta da caneta para poucos, que nunca foi a intenção.

Está edição de 18 de Setembro é uma dessas oportunidades. Em 18 de Setembro de 1946, foi promulgada, o que significa que o País respirava novamente os ares da democracia, nossa 4ª Constituição. É dessa Carta que surge a pluralidade partidária em nosso País e se consagra efetivamente o princípio federativo, se estabelecendo autonomia aos estados e municípios. Agora, vale observar: do ano de 1824, quando surgimos no mundo com personalidade própria, e então percebemos nosso primeiro RG, nossa primeira Constituição até 1988, quando foi promulgada a Constituição Cidadã, pelas mãos do Dr. Ulysses Guimarães, foram 7 (sete) constituições que se sucederam. Falamos em 174 anos de História.
De 1988 até hoje, ocorreram 107 Emendas à Constituição, transformando a “Pobre cidadã” em uma verdadeira colcha de retalhos. Longe do pessimismo, mas acho que há algum problema que talvez ainda não tenhamos percebido … ou talvez tenhamos?!