Caieiras está na rota do contrabando de ouro de Roraima e da Venezuela
A cidade de Caieiras foi citada em uma reportagem da TV Globo que mostrou detalhes da operação da Polícia Federal que mira um grupo de empresários e servidores públicos suspeitos de envolvimento em um esquema de contrabando de ouro. A ação foi deflagrada na manhã desta sexta-feira, 6.

Segundo a notícia, a quadrilha teria movimentado R$ 230 milhões no contrabando de 1,2 tonelada de ouro da Venezuela e de garimpos ilegais em Roraima nos últimos três anos.
Ao todo, 150 policiais estão cumprindo 17 mandados de prisão preventiva, cinco de prisão temporária, 18 de sequestro de bens, e 48 de busca e apreensão em Roraima, Amazonas, Rio Grande do Norte, Rondônia e São Paulo. Entre os alvos da operação Hesperides há três empresários venezuelanos suspeitos de chefiar o esquema. Um deles é procurado pela Interpol por tráfico de drogas e crimes financeiros cometidos na República Dominicana. Também estão na mira servidores da Receita Federal, estadual e Procuradoria Geral de Roraima.
Segundo a polícia, o ouro extraído de garimpos venezuelanos – que ficam na região Sul do país e na fronteira com Roraima – e também de Roraima eram “legalizados” em um esquema que envolvia pagamento de propina aos servidores públicos.
Há suspeita de envolvimento de um procurador do estado e de uma servidora comissionada também da Procuradoria Estadual, um analista da Receita Federal e uma auditora fiscal de tributos do estado.
Nas investigações, a polícia descobriu que o ouro ilegal era “esquentado” como sucata. Depois, o metal era comprado por uma empresa em Caieiras, SP, que “mesmo com os latentes indícios de irregularidades acerca da origem do minério, o recebia e vendia para o exterior”.
“As investigações tiveram início em setembro de 2017, após apreensão de aproximadamente 130 gramas de ouro no Aeroporto de Boa Vista destinados a uma empresa em São Paulo. Uma nota fiscal de compra de ‘sucata de ouro’ acompanhava o metal, sendo verificado pela PF que se trataria de um documento falso”, detalhou a PF.
Fonte: Portal G1