Caieiras e Mairiporã terão 2 escolas cívico-militares funcionando a partir do segundo semestre de 2025, conforme anunciado pela Secretaria da Educação do Estado de São Paulo (Seduc-SP). O programa, que visa integrar valores cívicos e disciplina ao ensino, foi aprovado por comunidades escolares em um processo transparente e democrático. Este artigo explora os detalhes do programa, o processo de seleção das escolas e os benefícios esperados para alunos e comunidades locais.

Após três rodadas de votação, Seduc-SP publica unidades participantes do programa; escolas aprovadas estão distribuídas em 89 municípios, 80 deles com IDH abaixo da média estadual

O que são as escolas cívico-militares?

As escolas cívico-militares combinam o currículo educacional padrão com atividades que promovem disciplina, cidadania e valores éticos. Geridas pela Seduc-SP, essas unidades contam com a colaboração da Secretaria da Segurança Pública para a formação de monitores.
Em Caieiras e Mairiporã, as escolas Albino Fiore e Arthur Weingrill foram escolhidas para implementar esse modelo inovador.

Como funciona o modelo cívico-militar?

O currículo das escolas cívico-militares segue as diretrizes do Currículo Paulista, garantindo que os conteúdos acadêmicos sejam os mesmos das demais escolas estaduais. A diferença está na inclusão de atividades extracurriculares voltadas para o desenvolvimento de habilidades socioemocionais, como responsabilidade e respeito. Monitores, selecionados em processos rigorosos, atuam como facilitadores dessas práticas.

Processo de adesão em Caieiras e Mairiporã

Caieiras e Mairiporã terão 2 escolas cívico-militares após um processo de consulta pública que envolveu três rodadas de votação. Realizadas entre março e maio, as consultas garantiram a participação de pais, alunos maiores de 16 anos, professores e funcionários. Para aprovar o modelo, cada escola precisava alcançar um quórum mínimo de 50% + um voto e obter a maioria dos votos válidos.

Transparência nas consultas públicas

A Seduc-SP priorizou a transparência, computando cada voto apenas uma vez. Em Caieiras, a escola Albino Fiore obteve ampla aprovação, enquanto em Mairiporã, a Arthur Weingrill também conquistou o apoio da comunidade. No total, mais de 106 mil votos foram registrados em todo o estado, com 87% a favor do programa.

Critérios para a seleção final

Com 132 escolas aprovando o modelo, a Seduc-SP precisou selecionar 100 unidades para 2025, utilizando critérios como o Índice Paulista de Vulnerabilidade Social (IPVS) e o Índice de Desenvolvimento da Educação (IDESP). Caieiras e Mairiporã foram contempladas por atenderem a esses parâmetros, reforçando o compromisso com a equidade educacional.

Benefícios das escolas cívico-militares

A implementação das escolas cívico-militares em Caieiras e Mairiporã trará benefícios significativos. Estima-se que cerca de 50 mil estudantes em todo o estado sejam impactados positivamente pelo programa. Entre os principais ganhos estão:

  • Fortalecimento da disciplina: Atividades cívicas promovem um ambiente de aprendizado mais estruturado.
  • Desenvolvimento de valores: Os alunos aprendem sobre cidadania, ética e responsabilidade.
  • Melhoria no desempenho escolar: Escolas com modelos semelhantes já demonstraram avanços no IDESP.

Impacto nas comunidades locais

Em Caieiras e Mairiporã, as escolas cívico-militares serão um marco para a educação local. Comunidades com índices de desenvolvimento humano (IDH) abaixo da média estadual terão acesso a um modelo educacional que combina qualidade acadêmica com formação integral.

Como os monitores são selecionados?

A escolha dos monitores é um dos pilares do programa. A Seduc-SP conduz o processo seletivo, enquanto a Secretaria da Segurança Pública verifica o histórico dos candidatos, garantindo que apenas profissionais qualificados atuem nas escolas. Esse cuidado reforça a segurança e a confiança das famílias.

Papel dos monitores nas escolas

Os monitores não substituem os professores, mas complementam o trabalho pedagógico. Eles organizam atividades extracurriculares, como palestras sobre cidadania e oficinas de liderança. Em Caieiras e Mairiporã, esses profissionais serão fundamentais para o sucesso das escolas cívico-militares.

Por que Caieiras e Mairiporã foram escolhidas?

Caieiras e Mairiporã terão 2 escolas cívico-militares devido ao engajamento das comunidades e à necessidade de fortalecer a educação em áreas com vulnerabilidade social. A escola Albino Fiore, em Caieiras, e a Arthur Weingrill, em Mairiporã, destacaram-se pelo apoio massivo nas consultas públicas e por atenderem aos critérios de seleção da Seduc-SP.

Contexto regional

Ambos os municípios estão na região metropolitana de São Paulo, mas enfrentam desafios socioeconômicos. A implementação do modelo cívico-militar é uma estratégia para melhorar os indicadores educacionais e oferecer oportunidades aos jovens.

Expectativas para o segundo semestre

Com o início das atividades no segundo semestre, as escolas cívico-militares de Caieiras e Mairiporã estão gerando grande expectativa. Pais e alunos aguardam um ambiente mais disciplinado e acolhedor, enquanto educadores esperam melhorias no engajamento dos estudantes.

Preparação para a implementação

A Seduc-SP está capacitando equipes e ajustando a infraestrutura das escolas. Além disso, a comunidade escolar será orientada sobre o funcionamento do programa, garantindo uma transição suave.

Escolas cívico-militares no estado de São Paulo

Além de Caieiras e Mairiporã, outras 98 escolas em 89 municípios paulistas adotarão o modelo. A iniciativa abrange desde a capital até cidades do interior, priorizando regiões com maior vulnerabilidade social. Essa abrangência reflete o compromisso do governo estadual com a inclusão educacional.

Resultados esperados

Estudos indicam que escolas cívico-militares podem melhorar o desempenho acadêmico e reduzir índices de evasão. Em São Paulo, o programa é visto como uma ferramenta para transformar a educação em comunidades carentes.