O amor em tempos de Covid-19

O amor em tempos de Covid-19

Há quase três anos, quando surgiram os primeiros casos de Covid-19, nos vimos obrigados a encarar uma triste realidade. O mundo mudou fazendo com que encarássemos um dos maiores flagelos sanitários dos últimos cem anos. A doença levou às pessoas depressão, ansiedade e, infelizmente, milhares morreram. As relações humanas mudaram. Contatos físicos ficaram difíceis e o isolamento fez com que buscássemos maneiras de, literalmente, sobreviver.

Felizmente, o pior parece ter passado. Embora não possamos baixar a guarda e vacinar é fundamental para que o vírus implacável não volte a atormentar como nos primeiros dois anos de pandemia. Naturalmente que esta nova realidade serviu de inspiração para roteiristas criarem textos para cinema e teatro mostrando o quanto a crise sanitária afetou corações, corpos e mentes.

Em cartaz no Teatro das Artes, no Shopping Eldorado, zona oeste da capital, o espetáculo “Ninguém Dirá que É Tarde Demais”, se passa no primeiro ano da pandemia, sendo protagonizado pelos talentosos Arlete Salles e Edwin Luisi. Quem assina o texto é Pedro Medina, neto de Arlete, sendo que Alexandre Barbalho, filho da atriz, completa o elenco. Ou seja, uma peça em família, que retrata quanto a quarentena acirrou ou tornou os laços familiares melhores.

Sobre o fato de atuar num texto do neto, Arlete Salles diz estar “navegando em sentimentos diversos e emoções fortes. Sinto muita felicidade e admiração em ver o meu neto se aproximando dessa profissão, crescendo de forma potente. Estamos aqui corajosamente, ainda na pandemia, ousadamente, com todos os protocolos sanitários, indo juntos para o palco. Não apresentaria meu neto como dramaturgo, se não tivesse confiança no talento dele”.

O texto conta a história de Luiza (Salles) e Felipe (Luisi). Por causa da pandemia, Luiza recebe, em casa, o neto Márcio (Pedro Medina). Paralelo a esta trama, Felipe, por problemas financeiros, vai morar com o filho Mauro (Alexandre Barbalho). Luiza e Felipe são vizinhos de prédios diferentes, com paredes grudadas, e estão muito sensíveis às questões da Covid-19, às questões financeiras, aos problemas domésticos e começam a implicar um com o outro sem saber a identidade de cada um.

Até que um dia numa jogada do destino ambos têm seus caminhos cruzados e, a partir daí, encontros e desencontros os levam àquilo que todos esperam dessa história singela: o final feliz.
“Ainda não elaboramos todas as perdas que a pandemia provocou, mas entender o que já passou e o que ainda estamos vivendo, através da perspectiva do humor, da tolerância e do amor é a proposta da minha comédia”, detalha Pedro Medina.

Quem assina a direção é Amir Haddad, um dos maiores nomes do nosso teatro. “Gosto de fazer um teatro esclarecedor. O teatro tem a função de iluminar as pessoas. E digo para todos: ninguém dirá que é tarde demais para coisa alguma. Sempre é o momento de colocar em prática o desejo”, elucida o diretor, que aos 84 anos, é um dos mais premiados e atuantes na dramaturgia brasileira.

“Ninguém Dirá que É Tarde Demais”, fica em cartaz no Teatro das Artes até 6 de novembro com sessões às sextas, sábados e domingos.

SERVIÇO
NINGUÉM DIRÁ QUE É TARDE DEMAIS
Local: Teatro das Artes
Endereço: Av. Rebouças, 3970 – Store 409 – Pinheiros, São Paulo – SP, 05402-600
Até 6 de novembro, de sexta a domingo.
Horário: sextas às 20h , sábados e domingos às 19h.
Ingressos: a partir de R$25 a 100,00 | Sympla (www.sympla.com.br) – https://bileto.sympla.com.br/event/75773/d/153598
Ou na bilheteria do teatro | A bilheteria funciona de terça a sexta, de 14h até o início do espetáculo; e sábado e domingo, de 13h até o início do último espetáculo.
Classificação:14 anos
Duração:100 minutos.

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