Os malefícios do cigarro eletrônico

Os malefícios do cigarro eletrônico

Segundo pesquisas, estima-se que um a cada 5 jovens entre 18 e 24 anos possam utilizar os dispositivos eletrônicos para fumar (DEFs).

Isso equivale a cerca de 20% da população nesta faixa etária, o que eleva significativamente os riscos para futuras doenças pulmonares e associadas.

Campanhas de conscientização sobre os riscos dos cigarros eletrônicos estão ativas em diferentes esferas da saúde. A Sociedade Brasileira de Clínica Médica (SBCM), respondo pela presidência atualmente, trabalha permanentemente neste sentido.

Importante registrar que recentemente, aos 6 de julho, em votação por unanimidade, a Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) manteve a proibição de importação, propaganda e venda de cigarros eletrônicos. Espera-se que com esta determinação diminuam as vendas irregulares e a fiscalização seja mais intensa.

Para os jovens, os cigarros eletrônicos são conhecidos como vaporizadores com sabores e aromas convidativos, cujo “encantam” e os integram socialmente. Porém, se trata de mera ilusão, regada a discursos de vendas.

Em boletim oficial lançado dias atrás, a SBCM divulga posicionamento do Instituto Nacional de Câncer José Alencar Gomes da Silva (INCA). É uma manifestação de base científica reiterando que os DEFs não são seguros e podem causar diversas doenças respiratórias devido às substâncias tóxicas que carregam, além da nicotina.

Entre diversas doenças, pode causar enfisema pulmonar, doenças cardiovasculares, dermatite e câncer. Pontuo ainda que estes dispositivos são aparelhos eletrônicos alimentados por bateria de lítio, com um cartucho ou refil da substância liquida que, ao ser aquecida por ativação do sensor atomatizador, vaporiza a nicotina e libera a fumaça com efeitos de led do aparelho.

Especialistas alertam que fumar 10 minutos deste dispositivo é igual a consumir mais de 30 cigarros comuns (um maço e meio) em pouco tempo. Além da dependência física, pode provocar transtornos psicoemocionais, depressão e outros males indiretos.

Por todo o exposto, a Sociedade Brasileira de Clínica Médica apoia integralmente a decisão da Anvisa de proibição de importação, propaganda e venda de cigarros eletrônicos.

*Matéria escrita por Antonio Carlos Lopes, presidente da Sociedade Brasileira de Clínica Médica

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