Talento ele tem de sobra e como não quer guardar isso para si, mesmo em meio as dificuldades, Edmilson Euzébio Reis, 36 anos, carinhosamente chamado de Ronaldinho Freestyle, em razão da semelhança com Ronaldinho Gaúcho, conta sobre o trabalho que realiza com crianças carentes.

Atualmente desempregado, se utiliza da habilidade do futebol e o apelido que recebeu para animar crianças em ONGs, hospitais e festas infantis. Também deu início ao projeto Corrente do Bem, onde arrecada alimentos para fazer comida e entregar a moradores em situação de rua. “Sempre tive vontade de ajudar as pessoas. Idealizei alguns projetos e hoje faço o que posso e como posso para tocar esses trabalhos. Faz duas semanas que dei início no Corrente de Bem e além de alimentos, estamos recebendo doações de roupas e calçados e destinando as pessoas carentes”, relatou Edmilson.

Sobre o trabalho que realiza com crianças carentes, se orgulha do que faz. “Por várias vezes os pais das crianças choram com minha apresentação e agradecem por meu trabalho. Recentemente, participei do aniversário de uma criança de 7 anos que tem autismo. Graças a Deus consegui fazer coisas que por anos ninguém conseguiu que era fazer ele interagir com alegria. Os pais deles dizem que agora faço parte da família e isso é muito gratificante”, relata.

Ronaldinho falou da dificuldade em tocar os projetos por não contar com ajuda financeira. “Não tenho ajuda de ninguém, só de Deus. Mas sempre que posso, tento comprar bolas, brinquedos etc do meu próprio bolso. Tiro de onde não tenho, mas quero um dia poder ajudar mais e mais tendo patrocínio e ajudas de pessoas do bem”, disse Edmilson.

Claro que não deixaria de falar sobre o apelido que recebeu: Ronaldinho Freestyle. “Desde pequeno já era chamado de Ronaldinho por conta da semelhança com jogador Ronaldinho Gaúcho, jogador de futebol, que aliás sonho em conhecer pessoalmente, além de atuar no futsal. O freestyle surgiu por treinar a modalidade no campo próximo a minha casa em São Paulo”, contou, sem deixar de relatar as mágoas que enfrentou. “Sempre fui chacota das outras pessoas que ali estavam. Tive depressão por conta disso. Chorava muito, cheguei a me trancar no quarto, fiquei sem comer por dias… perdas de cabelo por conta do estresse e depressão. Mas levantei a cabeça, dei a volta por cima e hoje por onde passo sou reconhecido por meus trabalhos. Principalmente pelas crianças e, claro, os pais”, descreveu.

Por conta de sua semelhança com o craque do penta, Edmilson recebe convites para estar com artistas. Em junho deste ano ele esteve em Caieiras e participou de um evento voltado à atletas amputados que ocorreu no Ecoparque.

“Também sou convidado para dar palestra para crianças que sonham em ser jogadores de futebol ou simplesmente ser uma pessoa do bem. Quero conseguir patrocínio e ajuda para que assim possa seguir em frente com meu sonho que é abrir uma ONG chamada R.F. e conseguir roupas, comidas, livros, além de um lugar onde as crianças podem estudar, ler, escrever e ter acesso a informática”, concluiu Ronaldinho.

Quer ajudar esse campeão a continuar com seus projetos, visite a sua página no Instagram: @ronaldinhofreestyle9.