Flexibilidade de trabalho: 73% dos profissionais preferem trabalhar home office

Flexibilidade de trabalho: 73% dos profissionais preferem trabalhar home office

A modalidade home office vem sendo adotada em empresas de todo mundo desde meados da década de 1970, mas foi após a pandemia de Covid-19 que as empresas brasileiras começaram a olhar com mais atenção para esse tipo de atuação no mercado de trabalho.

Pesquisas do Centro de Pesquisas Pew, dos Estados Unidos, indicam que futuramente o horário de trabalho estipulado das 9h às 17h deve ser flexibilizado de maneira concreta. Recentemente, uma pesquisa sobre home office realizada pelo núcleo PROGEP – Programa de Estudos em Gestão de Pessoas da FIA Business School, mostra que a proporção de profissionais satisfeitos com o home office aumentou de 64% em 2020 para 73% em 2021, indicando crescimento da percepção positiva dos trabalhadores.

Segundo, André Fischer, coordenador do Programa de Estudos em Gestão de Pessoas (Progep) da FIA Business School, o horário flexível no home office nem sempre é colocado em prática, mas a aceitação das pessoas está em constante mudança. “Há ainda muito o que se alterar nessa nova política de teletrabalho. Com nossa pesquisa percebemos um aperfeiçoamento das condições do ambiente de trabalho em casa, melhoria do gerenciamento do tempo das atividades, a manutenção de altos índices de comprometimento organizacional e um grande interesse dos trabalhadores de que esta prática continue sendo adotada de modo mais amplo pelas organizações”, explica.

De acordo com o estudo, se antes, 13% das pessoas contavam com equipamentos ergonômicos, desde 2021, 22% afirmam ter total ergonomia em suas casas. Além disso, 45% dos respondentes têm um cômodo específico individual para o trabalho, superando os 39% da amostra anterior feita em 2020.

Para Fischer, outro ponto para se atentar às melhorias do trabalho home office, seria a linha tênue entre a vida profissional e pessoal. “No nosso levantamento mostramos que a ajuda de custo para despesas com internet e energia elétrica em casa começa a ser uma prática mais disseminada: 29% da amostra têm ajuda de custo com internet (eram apenas 7% no passado) e 13% com energia elétrica (3% em 2020)”, salienta.

Outro ponto a se destacar numa possível flexibilidade, seria a forma mais satisfatória de gerenciar o tempo. Cerca de 72% dos respondentes estão utilizando o tempo economizado com deslocamento para atividades pessoais e sentem que é possível conciliar trabalho com atividades domésticas (eram 67% na amostra de 2020). Entretanto, observam-se maiores restrições para determinar seu horário de trabalho (59% dos respondentes têm flexibilidade atualmente, versus 62% da amostra de 2020), o que pode ser um retrocesso no processo de adaptação ao teletrabalho do ponto de vista das pessoas.

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